Mussolini: O ditador do século XX e as semelhanças com os líderes fascistas contemporâneos.

O século XX foi marcado por diversos acontecimentos históricos que mudaram o curso da humanidade. Entre esses eventos, destacou-se a ascensão de líderes autoritários e totalitários, como Benito Mussolini, que ficou conhecido como “o homem do século XX”.

Mussolini, como aspirante a ditador, sabia a importância de inflamar e exaltar seus ouvintes, inspirando ódio e desprezo para com os intelectuais e os que discutiam. Antes de chegar ao poder em 1922, ele já expressava suas ideias de rejeição ao estado em todas as suas formas e encarnações. Para Mussolini, o fascismo representava a superioridade do estado absoluto sobre os indivíduos e grupos.

Após assumir o poder, Mussolini proclamou o fim do século da democracia e a chegada de um século aristocrático, onde o estado era considerado absoluto. Seu estilo de liderança era comparado a um propagandista de guerra, que incitava os soldados antes de um ataque. Mussolini entendia a importância de se comunicar de forma incisiva e inculta para se conectar com as massas populares.

No Brasil contemporâneo, vemos a tentativa de ressurgimento desses ideais autoritários representados por figuras como Jair Bolsonaro. Seus discursos inflamados e incitadores de violência refletem a mesma estratégia de mobilização das massas empregada por Mussolini. Os seguidores desse tipo de líder são recrutados entre os setores recalcados da sociedade, ávidos por uma política totalitária que lhes dê a sensação de poder.

Assim como Mussolini e Hitler buscavam aproximação com as massas populares, Bolsonaro também encontrou apoio entre setores diversos da sociedade, inclusive no meio empresarial, nas polícias militares e nas Forças Armadas. Os chamados “empresários do terror” são aqueles que financiam e apoiam essas lideranças autoritárias em troca de interesses particulares.

Os democratas devem estar atentos e conscientes de que o fascismo não desapareceu, apenas perdeu uma batalha. A luta contra a tirania e a opressão continua, e é necessária a resistência constante para preservar a democracia e os direitos individuais. A história nos mostra as consequências trágicas do totalitarismo, e cabe a cada um de nós aprender com esses erros para evitar sua repetição.

Por Carlos Russo Jr., colunista na Diálogos do Sul. As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não representam necessariamente a opinião da Diálogos do Sul.

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