A inclusão da história dos Moore é especialmente significativa porque eles eram negros nascidos nos Estados Unidos, o que torna sua presença na Orchard Street um ponto de destaque na narrativa sobre a vida da classe trabalhadora daquele período. Rachel Moore, que foi a primeira geração de sua família a nascer livre e não escrava, chegou a Nova York em 1847, proveniente de uma região rural. Joseph Moore, por sua vez, chegou 10 anos depois, fugindo do estado vizinho de Nova Jersey, onde a escravidão ainda era legal.
O museu lançou a mostra “Moradia”, que destaca as experiências de diversas famílias que viveram na Orchard Street durante o final do século XIX, incluindo os Moore. A presença de uma família afro-americana na exposição é um grande passo na representação da diversidade da história dos Estados Unidos. Vanessa Willoughby, moradora de Harlem, elogiou a inclusão dos Moore na narrativa, afirmando que estava “encantada” por uma “família negra” ser incluída na descrição das classes trabalhadoras da época.
Além da exposição, o museu oferece visitas guiadas pelo bairro, incluindo uma que destaca os espaços afro-americanos na região. Lloyd, um dos curadores do museu, enfatizou a importância de contar a história dos Moore para compreender a migração interna nos Estados Unidos e a formação da identidade americana.
Apesar dos elogios, o projeto não está isento de críticas. O conservador New York Post acusou o Tenement Museum de “reescrever a história” ao incluir os Moore em sua narrativa. No entanto, a maioria das respostas tem sido positiva, com muitas pessoas destacando a importância de incluir histórias diversas e representativas na exposição.
No geral, a inclusão dos Moore na mostra do Tenement Museum é um marco significativo na representação da história afro-americana nos Estados Unidos. Seu papel na narrativa da classe trabalhadora do final do século XIX oferece uma visão valiosa da diversidade e complexidade da história social do país.
