Durante o passeio, os nudistas tiveram a oportunidade de apreciar a exposição “Bronzes de Riace”, que apresenta fotografias de Luigi Spina retratando duas grandes estátuas gregas de guerreiros nus do século 5 a.C., descobertas em 1972 nas proximidades de Riace, na Itália.
Segundo o guia Edgard, que também estava sem roupas, a intenção era tornar a visita mais colorida e fora do comum. Eles queriam que as pessoas se sentissem exatamente da mesma forma que as obras que estavam observando. O site do museu prometia aos visitantes a oportunidade de admirar as obras de arte completamente nuas, cercadas por outros corpos.
Marta, uma profissional da saúde de 59 anos que estava visitando a exposição, afirmou que sentiu a mesma intensidade ao observar as obras de arte tanto vestida como nua. Para ela, essa experiência permitiu entender melhor que a nudez sempre existiu e que os corpos não devem ser motivo de vergonha para ninguém.
Essa iniciativa do Museu de Arqueologia da Catalunha em colaboração com o Clube de Naturismo Catalão busca trazer uma nova perspectiva às tradicionais visitas guiadas aos museus. Ao permitir que os visitantes se desvistam durante o tour, eles buscam quebrar barreiras e promover uma reflexão sobre a aceitação do corpo humano em sua forma mais natural.
Essa não é a primeira vez que um museu abre suas portas para nudistas, mas ainda é uma prática incomum. No entanto, com o aumento do interesse por eventos e espaços naturistas, é possível que mais instituições culturais adotem essa abordagem em busca de uma experiência mais diversa e inclusiva para seus visitantes.
Enquanto alguns ainda podem ter ressalvas ou constrangimento em relação a essa prática, para outros, como Marta, essa é uma oportunidade de compreender e aceitar o corpo em sua forma mais real e natural. A arte, afinal, sempre foi uma forma de expressão e de retratar a realidade, e essa inclusão dos nudistas nos museus é apenas mais um exemplo desse diálogo entre obra e público.