O delegado do Deic, Fábio Pinheiro Lopes, comentou que todos que procuravam o local já sabiam que se tratava de uma fábrica de entorpecentes. O que chamou a atenção da polícia foi a qualidade do chocolate suíço utilizado na fabricação dos produtos, indicando que não eram destinados à classe mais baixa.
As prisões foram realizadas por policiais da 6ª Delegacia do Patrimônio, responsável pelas investigações sobre facções criminosas. Inicialmente, as informações indicavam que havia uma fábrica de chocolate que utilizava fungos contendo alcaloides na produção dos doces. No entanto, o laudo do Instituto de Criminalística constatou a presença da psilocibina.
Os policiais obtiveram mandado de busca e apreensão para dois locais em Mairiporã: um imóvel de alto padrão onde eram fabricados os produtos, e a sede administrativa, instalada em um centro comercial na região central do município. Na operação, foram apreendidos também materiais e documentos, e os chocolates e cogumelos passaram por perícia, que constatou a presença da substância proibida.
Além disso, os produtos eram oferecidos em catálogos em um site na internet, com a descrição da composição de cada um e até a indicação da presença dos alucinógenos. Os valores variavam de R$ 45 a R$ 310. Segundo o delegado Lopes, as investigações continuam para tentar identificar outros envolvidos.
A ação do Deic representa um importante avanço no combate ao tráfico de drogas na região metropolitana de São Paulo, mostrando a atuação eficaz das forças policiais no combate a crimes relacionados ao tráfico e produção de substâncias ilícitas. A apreensão dos produtos e a prisão das envolvidas são um passo significativo na repressão a atividades ilegais que colocam em risco a segurança e a saúde da população.
