Mulheres ocupam apenas um quarto dos cargos de secretarias municipais em 26 capitais brasileiras, aponta levantamento da Folha.

Recentemente, um levantamento realizado pela equipe de reportagem da Folha trouxe à tona uma realidade ainda pouco explorada no cenário político das capitais brasileiras. A pesquisa revelou que apenas um quarto das secretarias municipais em 26 capitais do país são chefiadas por mulheres.

Os dados foram coletados entre 26 de fevereiro e 7 de março e analisaram os cargos de destaque nas gestões municipais, incluindo titulares de pastas da administração direta e secretarias-executivas do segundo escalão. O resultado apontou que os homens predominam, ocupando 72,4% dos cargos, enquanto as mulheres estão à frente de 27,5% das pastas.

Dentre as capitais, Natal, no Rio Grande do Norte, se destaca como a única cidade em que as mulheres ocupam pelo menos metade dos cargos nas secretarias municipais. Por outro lado, Teresina, no Piauí, apresenta uma realidade oposta, com apenas uma mulher ocupando um cargo de chefia.

A desigualdade de gênero se reflete também em outros cargos de relevância, como nas procuradorias e controladorias municipais, onde as mulheres representam apenas 21% e 10%, respectivamente. A situação mais desigual foi encontrada na Prefeitura de Teresina, onde apenas 1 das 17 pastas é comandada por uma mulher.

Diante desse cenário, é importante ressaltar a importância de políticas que incentivem a participação das mulheres em cargos de liderança, como destacou Renata Vilhena, professora de gestão pública. A diversidade de gênero nos cargos e posições de destaque permite que as políticas públicas sejam formuladas levando em consideração as diferentes necessidades e demandas da sociedade.

É fundamental que a administração pública se comprometa a criar mecanismos que garantam uma representatividade equilibrada e justa, refletindo as diversas vozes e realidades da população. A luta por igualdade de gênero no ambiente político e administrativo ainda é um desafio a ser superado, mas os dados colhidos mostram que há muito a ser feito para alcançar uma representatividade mais justa e equitativa.

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