Mulheres independentes, sustentadas por seus parceiros: o novo cenário das relações modernas

Byanca Moraes é uma mineira de 29 anos que sempre se considerou independente e empoderada. Antes de conhecer o marido, ela tinha a crença de que mulheres sustentadas por seus parceiros eram submissas e usadas como “enfeites”. No entanto, ao se tornar dependente financeiramente do marido, Byanca percebeu que a situação era diferente do que pensava.

A influencer que mora na Flórida com o marido americano Aaron defende que mulheres modernas e independentes também podem ter “um homem provedor” em suas vidas. Ela acredita que ter um homem que paga pelas suas contas não a faz menos feminista, pois para ela o feminismo é ter direitos iguais.

Byanca compartilhou em suas redes sociais um vídeo contando os “luxos” que o marido permite que ela tenha como responsável pelas finanças do casal. Ela afirma que faz muito tempo que não paga uma conta e que possui acesso a todas as contas bancárias do casal. A influencer mantém seu trabalho como influencer, mas todos os lucros obtidos pelas redes sociais vão para gastos supérfluos ou investimentos pessoais.

Apesar da independência financeira do marido, Byanca e ele dividem as tarefas domésticas em casa e tomam todas as decisões juntos. Ela defende que o homem provedor também a exalta, reconhece e admira, o que, para ela, deveria ser o mínimo em todos os relacionamentos.

Assim como Byanca, a paulista Amanda Okamoto, de 26 anos, também é sustentada pelo marido, que é médico. Ela abandonou o trabalho de enfermeira após sofrer um burnout e ser diagnosticada com depressão. Amanda afirma que o marido não espera nada em troca por pagar todas as contas da casa, mas que sempre buscou atender às necessidades dele.

Para essas mulheres, a situação de serem sustentadas pelos maridos não as faz menos independentes, mas sim mais conscientes de suas necessidades e desejos. Elas defendem que é uma escolha pessoal e que cada mulher deve ter direito a decidir como quer viver. Por outro lado, especialistas alertam sobre a importância de manter uma relação saudável e equilibrada, independentemente das escolhas pessoais. E a luta pela independência feminina passa também pelo direito de escolher, pelas garantias de direitos e pelo combate à precarização do trabalho feminino.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo