Mulher protagoniza ato homofóbico em padaria de São Paulo, agredindo casal e causando tumulto durante madrugada.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) está investigando um caso de homofobia ocorrido na madrugada do último sábado (3) em uma padaria no bairro de Santa Cecília, na região central de São Paulo.

De acordo com os relatos das vítimas, o casal chegou à padaria por volta das 4h após uma festa e tentaram estacionar o carro, mas encontraram duas mulheres e um homem parados sobre a vaga. Após o motorista buzinar, dois dos três presentes teriam saído para o carro estacionar, mas uma mulher permaneceu no local de braços cruzados. Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria voltado e a tirado de lá, porém a mulher teria voltado, empurrado o retrovisor do carro e iniciado os xingamentos e agressões verbais com termos homofóbicos.

Os vídeos postados no Instagram por Rafael Gonzaga, que estava com o namorado no momento do incidente, mostram a mulher proferindo termos homofóbicos na padaria. Além disso, a mulher teria pego um cone do estacionamento e atirado no casal, seguido por agressões verbais dentro da padaria.

Durante a confusão, a mulher é contida por um homem e proferiu frases como “Sou mais mulher do que você. Sou mais macho que você” e “Eu sou branca. Olha lá a hipocrisia. Vamos lá, chama a polícia. Vamos ver quem vai preso aqui”.

O gerente da padaria mencionou que essa não foi a primeira vez que a mulher causou problemas no local. Em outra ocasião, ela teria dado um tapa no rosto de um dos gerentes que trabalhava na madrugada. Segundo ele, a maioria do público da padaria é GLS e procuram respeitar e tratar todos bem.

Após o ocorrido, o casal criticou a atuação dos policiais, que teriam se recusado a registrar flagrante, e afirmaram estar seguindo os trâmites legais para que a mulher pague pelo crime de homofobia. O caso foi registrado na Decradi como preconceitos de raça ou de cor e lesão corporal.

Em nota à Folha, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o caso está sendo apurado e que os policiais militares registraram uma notificação de ocorrência com as versões dos envolvidos, para encaminhamento à delegacia e orientaram as vítimas sobre prazo para representação criminal.

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