Mulher negra e de baixa renda é a maioria nas igrejas evangélicas de São Paulo, revela pesquisa da Datafolha

O crescimento das igrejas evangélicas em São Paulo tem revelado um retrato surpreendente do crente médio na cidade. Ao contrário do que muitos imaginam, a maioria dos frequentadores dessas igrejas são mulheres negras, provenientes de famílias com renda de até três salários mínimos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha com 613 moradores da capital paulista que se declaram evangélicos, essa é a verdadeira face desse segmento religioso.

Esse cenário desmistifica a ideia de que as igrejas evangélicas em São Paulo são lideradas por pastores ricos, majoritariamente brancos e donos de impérios religiosos. Pelo contrário, a pesquisa revela que a maioria dos evangélicos na cidade frequenta templos de pequeno porte, que comportam até 200 pessoas e estão espalhados pelas periferias.

Os números são expressivos: uma em cada quatro pessoas em São Paulo se declara evangélica, sendo que 58% delas são mulheres. Além disso, a maioria dos evangélicos na cidade (67%) são negros, o que equivale a 43,5% da população local.

Uma das informações mais reveladoras da pesquisa é que quatro em cada dez entrevistados frequentam igrejas evangélicas desde que nasceram ou antes dos 12 anos. Isso demonstra a forte influência da fé desde a infância entre esse público. Além disso, a pesquisa aponta que a troca de uma religião por outra, que era comum no passado, tem diminuído. A maioria dos convertidos vêm da Igreja Católica.

O perfil das igrejas evangélicas em São Paulo também revela que a maioria delas são pequenos templos, com capacidade para até 200 pessoas. A assiduidade dos fiéis também é destacada, com 54% deles frequentando cultos mais de uma vez por semana.

Em resumo, a pesquisa do Datafolha mostra que as igrejas evangélicas em São Paulo são compostas por uma maioria de mulheres negras, vindas de famílias com menor poder aquisitivo, que frequentam templos de pequeno porte e demonstram alto engajamento com a fé. Esse retrato desafia os estereótipos e evidencia a diversidade e popularidade do evangelismo na maior cidade do Brasil.

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