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Mulher é libertada após 40 anos de prisão por engano nos EUA: juiz reconheceu “provas de inocência” apresentadas pela defesa

No último mês, uma decisão judicial inédita chamou a atenção nos Estados Unidos. Um juiz reconheceu as “provas de inocência” apresentadas pela defesa de uma mulher condenada à prisão perpétua pelo assassinato de uma mulher em 1980. Sandra, como é conhecida, passou quatro décadas atrás das grades após ter sido acusada injustamente do crime.

A ordem de soltura de Sandra foi emitida em 14 de junho, porém o Estado de Missouri tentou mantê-la presa mesmo após a decisão judicial. A advocacia-geral do estado alegou que a mulher representava um risco para si mesma e para outras pessoas, retardando assim sua libertação. No entanto, a defesa de Sandra reiterou que ela não tinha qualquer relação com a vítima e que foi fortemente pressionada pelos policiais a assumir a culpa durante os interrogatórios.

De acordo com o Innocence Project, organização que luta pela justiça criminal nos Estados Unidos, os 40 anos de Sandra na prisão a tornaram a pessoa presa injustamente por mais tempo no país. Eles afirmam que a polícia se aproveitou da doença mental da mulher para forçá-la a fazer declarações falsas enquanto ela estava sedada e recebendo tratamento para episódios de alucinações.

Após finalmente deixar a prisão, Sandra teve um emocionante encontro com sua filha, irmã e neta. No entanto, não há informações claras sobre se ela receberá alguma indenização pelo tempo em que foi mantida injustamente encarcerada.

Essa história chocante levanta questionamentos sobre o sistema judiciário e a importância de garantir um julgamento justo e imparcial. O caso de Sandra serve como um alerta sobre as falhas do sistema e a necessidade de reformas para evitar que injustiças como essa continuem ocorrendo.

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