Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mudanças rápidas na Antártida indicam possíveis impactos significativos no aumento do nível do mar até 2500.

Recentemente, um fenômeno intrigante foi identificado por uma equipe de cientistas, o qual pode ter um impacto significativo no aumento do nível global do mar. Denominado de “elevação pós-glacial”, esse processo tem despertado a atenção de especialistas devido às suas possíveis consequências.

Os pesquisadores realizaram uma análise minuciosa do manto da Terra localizado sob a camada de gelo da Antártida. Os resultados obtidos revelaram a presença de regiões mais moles do que o esperado, o que sugere mudanças mais rápidas do que o previsto na terra sólida que compõe a base do gelo antártico. Essas descobertas surpreendentes indicam que as transformações que normalmente levariam milhares de anos para ocorrer estão se desenrolando em décadas.

De acordo com os cientistas, essa litosfera mais fina em certas áreas da Antártida Ocidental está levando a uma deformação viscosa em escalas de tempo muito menores do que aquelas comumente adotadas em estudos de modelagem. Isso aponta para a importância de compreendermos e monitorarmos essas mudanças de perto, em relação ao possível aumento do nível do mar e seus efeitos.

Além disso, os especialistas utilizaram modelagem 3D para simular diferentes cenários de aumento do nível do mar devido à mudança na massa terrestre na Antártida. Os resultados apontam que, com baixos níveis de aquecimento, o aumento pode chegar a até 1,7 metros até o ano de 2500. No entanto, se o aquecimento global não for controlado, esse valor pode subir para 19,5 metros, representando um risco para ilhas costeiras e áreas vulneráveis.

Diante desse cenário, os cientistas ressaltam a importância de medidas urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global e do derretimento acelerado das calotas polares. Ações concretas e sustentáveis podem ser fundamentais para minimizar os impactos dessas mudanças climáticas e preservar o equilíbrio do nosso planeta.

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