Repórter São Paulo – SP – Brasil

MP de São Paulo busca ampliação de licenças compensatórias por acúmulo de acervo para promotores e procuradores, gerando impacto financeiro.

A Associação Paulista do Ministério Público está em movimentação para ampliar as licenças compensatórias por acumulo de acervo, que indicam um elevado volume de trabalho para os membros do Ministério Público de São Paulo. O pedido foi encaminhado ao procurador-geral de Justiça do estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, e visa estender os benefícios que concedem folgas ou compensação financeira aos integrantes do MP por esse motivo.

Atualmente, os promotores e procuradores paulistas têm o direito de solicitar três dias de folga por mês ou receber um adicional em dinheiro pelo acúmulo de processos, sem ultrapassar o teto remuneratório. O salário bruto inicial na carreira é de R$ 30,6 mil. No entanto, um grupo composto por 600 promotores e procuradores, entre ativos e aposentados, planejava apresentar a reivindicação diretamente ao chefe do Ministério Público, porém a associação se adiantou.

A solicitação da Associação Paulista do Ministério Público inclui a ampliação do limite de folgas para dez dias mensais, equiparando-o ao Tribunal de Justiça de São Paulo. O pedido foi formalizado pelo promotor Paulo Penteado Teixeira Junior, presidente da entidade, que argumenta que o modelo atual está gerando um passivo de difícil quitação e que há margem para readequação do equilíbrio orçamentário.

Além disso, os integrantes do MP também almejam o pagamento retroativo do benefício em sua versão ampliada, de dez dias, e a liquidação de outros passivos aos membros ativos e aposentados. A licença compensatória foi instituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público em maio de 2022 e cabe a cada unidade do MP regulamentar o benefício. Em São Paulo, o modelo está em vigor desde setembro de 2023, e a Associação Paulista do Ministério Público também cobra o pagamento retroativo referente ao período de implantação.

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