Repórter São Paulo – SP – Brasil

Morte de líder do Irã gera tensão internacional e abre disputa pelo cargo mais importante do país.

A morte do líder do Irã, Ebrahim Raisi, ocorreu em um momento de grande tensão tanto interna quanto internacional. O país havia recentemente realizado um ataque com mísseis a Israel, em retaliação a um ataque israelense em Damasco que resultou na morte de um líder da Guarda Revolucionária do Irã. Esse confronto foi o primeiro de grandes proporções entre os dois países e gerou preocupações sobre uma escalada no conflito.

Internamente, o mandato de Raisi foi marcado por protestos em massa em 2022, após a morte de uma jovem detida pela polícia moral por não utilizar o véu islâmico corretamente. Essas manifestações, embora tenham diminuído, demonstram a insatisfação de parte da população com o regime clerical vigente no país.

Após a morte de Raisi, o aiatolá Khamenei decretou cinco dias de luto e garantiu que não haverá perturbações no funcionamento do país. O conservador Ebrahim Raissi era cotado como sucessor de Khamenei e sua morte abriu uma disputa pelo cargo mais importante do Irã. O primeiro vice-presidente, Mohammad Mokber, assumiu a presidência interina, conforme previsto pela Constituição do país.

Além disso, Ali Bagheri Kani, vice de Hossein Amir-Abdollahian, assumiu como ministro interino das Relações Exteriores. Ele chefiou as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano e participou da discussão do acordo de troca de prisioneiros com os Estados Unidos em 2023. Líderes do mundo todo reagiram à morte de Raisi, com o presidente chinês elogiando o líder iraniano e líderes russos e de grupos como o Hamas e Hezbollah expressando condolências.

Em meio a esse cenário de instabilidade, o Irã se vê diante de desafios tanto dentro do país quanto no cenário global. A morte de Raisi pode ter efeitos duradouros na política e nas relações internacionais do país, o que torna importante ficar atento aos desdobramentos futuros desse acontecimento.

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