Internamente, o mandato de Raisi foi marcado por protestos em massa em 2022, após a morte de uma jovem detida pela polícia moral por não utilizar o véu islâmico corretamente. Essas manifestações, embora tenham diminuído, demonstram a insatisfação de parte da população com o regime clerical vigente no país.
Após a morte de Raisi, o aiatolá Khamenei decretou cinco dias de luto e garantiu que não haverá perturbações no funcionamento do país. O conservador Ebrahim Raissi era cotado como sucessor de Khamenei e sua morte abriu uma disputa pelo cargo mais importante do Irã. O primeiro vice-presidente, Mohammad Mokber, assumiu a presidência interina, conforme previsto pela Constituição do país.
Além disso, Ali Bagheri Kani, vice de Hossein Amir-Abdollahian, assumiu como ministro interino das Relações Exteriores. Ele chefiou as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano e participou da discussão do acordo de troca de prisioneiros com os Estados Unidos em 2023. Líderes do mundo todo reagiram à morte de Raisi, com o presidente chinês elogiando o líder iraniano e líderes russos e de grupos como o Hamas e Hezbollah expressando condolências.
Em meio a esse cenário de instabilidade, o Irã se vê diante de desafios tanto dentro do país quanto no cenário global. A morte de Raisi pode ter efeitos duradouros na política e nas relações internacionais do país, o que torna importante ficar atento aos desdobramentos futuros desse acontecimento.