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Moradores de Paraisópolis relatam mais um caso de violência policial em São Paulo, com agressões contra moradores na comunidade

Noite marcada por violência policial em Paraisópolis, zona sul de São Paulo

Na noite do último domingo (4), moradores de Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo, testemunharam mais um episódio de violência policial. Imagens chocantes mostram policiais militares agredindo violentamente moradores em frente a um estabelecimento comercial na região.

Os relatos dos moradores à imprensa, incluindo a Folha de São Paulo, apontam para uma ação policial desproporcional e agressiva. Em um dos vídeos registrados por moradores e divulgado nas redes sociais, é possível ver um homem sendo brutalmente agredido por um grupo de policiais, com golpes de cassetete e chutes. Em outra cena, uma mulher é agredida enquanto está no chão, em uma das vielas da comunidade.

Segundo informações do 89º Distrito Policial, responsável por Paraisópolis, a Polícia Militar registrou uma ocorrência de “desobediência contra a autoridade policial” durante a ação na comunidade. No entanto, lideranças comunitárias e residentes locais afirmam que a violência exercida pelos policiais foi desnecessária e injustificada, representando uma forma de truculência gratuita.

Paraisópolis, conhecida também por sediar um dos maiores bailes funks da capital paulista, tem sido palco de diversos conflitos entre moradores e policiais. No entanto, segundo um líder comunitário entrevistado pela Folha, o episódio de violência deste domingo não está relacionado aos eventos ocorridos nas festas, que estão suspensas há algumas semanas devido à intervenção policial.

Recentes casos de violência policial em Paraisópolis têm mobilizado ativistas, instituições de direitos humanos, deputados e lideranças comunitárias, resultando na criação do “Comitê de Crise Paraisópolis Exige Respeito”. Este grupo foi estabelecido com o objetivo de denunciar e combater abusos policiais na comunidade, garantindo a segurança e integridade dos moradores.

Diante dos relatos de violações de direitos humanos na favela, como invasão de domicílios, abordagens agressivas e toque de recolher, a Ouvidoria da Polícia alerta para o risco de uma escalada de violência na região. A sociedade civil e as autoridades precisam se unir para garantir o respeito aos direitos dos cidadãos e a segurança de todos, evitando tragédias como as que têm ocorrido em Paraisópolis.

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