Repórter São Paulo – SP – Brasil

Montanhista brasileiro morre em greta do glaciar da montanha Coropuna Oeste, levantando questões sobre a segurança no alpinismo.

A tragédia da morte do montanhista Marcelo Delvaux, no glaciar da montanha Coropuna Oeste, no Peru, levanta questionamentos sobre a segurança na prática do montanhismo. Esse esporte de alto risco tem sido facilitado pelo desenvolvimento de equipamentos cada vez mais sofisticados, atraindo um número maior de praticantes em busca de aventuras e reconhecimento nas redes sociais.

No entanto, as mudanças climáticas representam um desafio adicional para os montanhistas, pois o derretimento do gelo nos picos mais altos altera drasticamente a paisagem e aumenta o risco de acidentes. As gretas nas montanhas, que podem surgir subitamente, representam uma das maiores ameaças para os praticantes experientes, já que muitas vezes não são identificadas antecipadamente.

No caso de Delvaux, as primeiras avaliações indicam que sua rota foi interrompida a uma altitude de 6.300 metros, próximo ao cume. Seu rastreador de GPS parou de emitir sinais claros, levantando preocupações sobre o desfecho trágico do acidente. A equipe de resgate encontrou sua barraca vazia a 4.880 metros de altitude, e ao seguir seu caminho, descobriu uma greta tapada por uma fina camada de neve, onde provavelmente Delvaux caiu.

A dificuldade de resgate em altitudes elevadas, devido à falta de sustentação dos helicópteros e às mudanças climáticas imprevisíveis, torna a recuperação de corpos em áreas montanhosas um desafio extremamente complexo. O caso de Anurag Maloo, que sobreviveu a uma queda no Himalaia, é considerado excepcional no mundo do montanhismo.

A morte de Delvaux é um lembrete trágico dos perigos envolvidos na prática do montanhismo e ressalta a importância de se manter a segurança em primeiro lugar. A paixão por desafiar os limites da natureza pode custar caro, e muitas vezes as consequências são irreparáveis. A comunidade de montanhistas lamenta a perda de um dos seus, lembrando que a montanha é soberana e deve ser respeitada acima de tudo.

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