A partir de 1871, mais corpos em estado de mumificação natural foram encontrados, incluindo mulheres grávidas, crianças e idosos. Essas descobertas levaram os coveiros a realizar uma operação clandestina, expondo os corpos em troca de alguns pesos mexicanos.
O Museu de Múmias de Guanajuato, inaugurado legalmente em 1971, tornou-se uma atração turística renomada, gerando receita para a cidade. Com 117 múmias expostas em vitrines climatizadas, o museu despertou o interesse não apenas de turistas, mas também de cientistas e artistas.
Diferentemente das múmias do Antigo Egito, as múmias de Guanajuato são jovens e foram preservadas rapidamente devido às condições climáticas e à topografia do local. O processo de mumificação ocorreu sem intervenção humana, resultando em corpos secos e preservados.
Apesar da aura de mistério e morbidez que envolve as múmias, o Museu de Múmias de Guanajuato busca preservar o patrimônio histórico representado por esses corpos. No entanto, polêmicas como a falta de identificação dos cadáveres e a perpetuação de mitos e histórias de terror envolvendo as múmias têm gerado questionamentos e debates.
O Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) está empenhado em identificar as múmias e preservar seu estado. No entanto, desafios como o mau gerenciamento dos corpos, a deterioração e os danos sofridos têm sido enfrentados pela instituição, em meio a recomendações e esforços para manter a integridade das múmias de Guanajuato.
A história peculiar e envolvente das múmias de Guanajuato continua a despertar curiosidade e fascínio, ressaltando a importância de preservar e investigar esse patrimônio cultural de forma respeitosa e científica.
