O presidente do STF também se manifestou sobre o assunto, ressaltando que a lei em vigor não prevê a prisão do usuário de drogas. Ele destacou a falta de critérios objetivos para distinguir um usuário de um traficante, o que acaba gerando estigmas e preconceitos no sistema judiciário. Um exemplo citado foi a discrepância na classificação de um jovem branco e rico com um jovem negro e pobre, quando pegos com a mesma quantidade de droga.
O ministro Barroso ainda se mostrou disposto a discutir alternativas para combater o tráfico de drogas por meio de políticas públicas. Ele reconheceu que o tráfico está em ascensão no país e a atual abordagem não está surtindo o efeito desejado. A ideia é promover um debate conjunto, sem ideologias, para buscar soluções mais eficazes para o problema.
Enquanto isso, nos bastidores do STF, ministros acreditam que um novo pedido de vista deve adiar a decisão final sobre a criminalização do porte de drogas. O processo, que começou a ser analisado em 2015, ainda não teve um desfecho claro e a expectativa é que continue sendo debatido nos próximos dias.
O julgamento sobre esse tema delicado promete gerar discussões intensas e levantar questionamentos sobre a atual política de drogas no país. A sociedade civil e as autoridades competentes serão chamadas a refletir sobre maneiras mais eficazes de lidar com essa questão complexa e delicada.