Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministros do G20 aprovam declaração final em Foz do Iguaçu com foco em combutíveis sustentáveis e padronização de emissões.

Os ministros de energia do G20 aprovaram por unanimidade a declaração final dos trabalhos realizados durante a semana em Foz do Iguaçu. O principal ponto da declaração é o apoio ao desenvolvimento de sistemas padrão para medir as emissões de combustíveis sustentáveis, uma questão de grande interesse para o Brasil.

A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva tem priorizado esse tema, e as reuniões do G20 contaram com a apresentação da Agência Internacional de Energia propondo um sistema padrão para identificar o nível de sustentabilidade dos combustíveis, facilitando sua aceitação e comercialização global.

A unificação dessas metodologias ainda enfrenta resistências, mas a menção a esse esforço na carta já é considerada uma vitória pelo lado brasileiro. Este é o primeiro texto de energia do G20 a ser aprovado por unanimidade desde 2021.

A declaração dos ministros encoraja o desenvolvimento de padrões para avaliar as emissões de gases de efeito estufa de combustíveis sustentáveis, visando criar procedimentos transparentes e verificáveis. Também ressalta a importância de promover uma variedade de combustíveis e tecnologias sustentáveis para acelerar a transição e criar mercados globais.

O avanço nesse tema pode minar a tese de que os biocombustíveis não contribuem efetivamente para a descarbonização devido ao possível impacto negativo no uso da terra. A AIE defende que a mudança no uso da terra deve ser gerida por políticas separadas para não sobrecarregar quem investe em tecnologias limpas.

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores destacou a importância da aprovação do texto final, enfatizando a contribuição brasileira para a padronização dos biocombustíveis a nível global.

Além disso, os ministros se comprometeram a aumentar a capacidade de energia renovável e melhorar a eficiência energética, acelerando esforços para garantir acesso universal a métodos de cozimento limpo até 2030. A transição para longe dos combustíveis fósseis não foi mencionada no documento, mas o ministro afirmou que a declaração foi ambiciosa e alcançou um consenso significativo.

A transição energética justa e inclusiva, bem como o compromisso com a erradicação da pobreza energética, são princípios endossados pelos ministros de energia do G20, reforçando o compromisso com uma transição sustentável e global no setor energético.

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