Antes da fala do ministro, cinco pastores e líderes religiosos discutiram sobre as possíveis ações que o ministério deveria tomar. Dentre os temas abordados estavam o direito à educação, o combate ao racismo, à violência contra a mulher e os direitos da população carcerária e em situação de rua. Um dos pastores presentes afirmou que os evangélicos esperam por um sinal como esse há pelo menos 20 anos, criticando a apropriação política e religiosa de determinados grupos.
Silvio Almeida foi escolhido pelo ex-presidente Lula devido ao seu bom relacionamento com diversos segmentos da comunidade evangélica, apesar de ser católico. O ministro tem planos de estabelecer uma agenda com outros setores evangélicos, com o objetivo de promover a visão de que os direitos humanos devem ser incorporados pela igreja e vice-versa. A pasta está ciente dos desafios de levar um ministro para dentro das igrejas, mas acredita que Silvio Almeida é o mais indicado para essa missão.
Em meio a um cenário político e religioso conturbado, a presença e as palavras do ministro Silvio Almeida representam uma nova tentativa de diálogo e cooperação entre o governo e o público evangélico, buscando promover pautas humanitárias e inclusivas dentro das comunidades religiosas.