Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministro Padilha busca apoio da Frente Evangélica para agenda econômica de Lula no Congresso em reunião na Câmara.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, teve uma importante reunião nesta quarta-feira, 20, com a Frente Parlamentar Evangélica, na qual pediu o apoio dos parlamentares religiosos para a agenda do governo Lula no Congresso. O objetivo do encontro foi buscar o respaldo da bancada evangélica em pautas econômicas e sociais, deixando de lado temas relacionados a costumes.

Durante o encontro, Padilha destacou a importância do equilíbrio econômico para a recuperação das contas públicas e para o crescimento do país. Ele ressaltou a necessidade de consolidar os esforços para manter a saúde econômica, especialmente em um momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca aprovar medidas para zerar o déficit fiscal.

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges, destacou que a bancada não abrirá mão de suas pautas, como a defesa da vida, o combate ao aborto e à descriminalização de drogas. Borges enfatizou a preocupação dos evangélicos com questões morais e éticas, ressaltando que não estão dispostos a ceder nesses pontos.

A reunião também contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira, e de líderes partidários, que se comprometeram a votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária das igrejas. O relator da matéria, deputado Dr. Fernando Máximo, e o autor do texto, deputado Marcelo Crivella, negociaram ajustes no texto para atender às demandas da equipe econômica.

Segundo Máximo, as mudanças feitas na PEC visam garantir a segurança fiscal e impedir abusos na utilização dos benefícios fiscais. O relator destacou que o impacto da proposta nas contas públicas será zerado com a aprovação da reforma tributária, que prevê a extinção do IPI e a criação de um imposto seletivo que não afetará as igrejas.

No Senado, o tema também está em discussão, com apoio do presidente Rodrigo Pacheco. Após o encontro com os ministros Haddad e Padilha, houve um acordo para avançar com a proposta no Congresso. A expectativa é que a PEC seja votada na semana que vem e possa contar com o apoio necessário para sua aprovação.

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