Durante o encontro, Vedum enfatizou que na Noruega não há domínio de famílias ou grandes empresas nos setores de óleo, gás e pesca, e que uma parte significativa dos recursos arrecadados é investida em ações governamentais. Ele ressaltou o orgulho do país em relação ao sistema de taxação, que contribui para o financiamento de necessidades essenciais.
Além disso, o ministro norueguês está no Brasil para participar das reuniões do G20, em São Paulo, onde serão discutidos temas como diminuição da desigualdade, transição energética e investimentos em meio ambiente. Apesar de não fazer parte da lista oficial do G20, a Noruega foi convidada pelo presidente Lula, que lidera o grupo.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior mercado de investimentos da Noruega, perdendo apenas para os Estados Unidos e Suécia. Empresas norueguesas, como Equinor, Statkraft e Yara, têm forte presença no território brasileiro, principalmente nos setores de óleo e gás, energia renovável e fertilizantes.
Vedum visitou a fábrica da Yara em Cubatão e destacou a importância da segurança alimentar para o governo brasileiro e a necessidade de aumentar a produção de fertilizantes no país, reduzindo a emissão de gases poluentes. Ele também mencionou o papel da Noruega como principal financiador do Fundo Amazônia, ressaltando que o governo de Jair Bolsonaro interrompeu o repasse de recursos para o fundo, mas que a situação foi regularizada na gestão atual de Lula.
Com isso, a visita de Trygve Vedum ao Brasil reforça a importância das relações entre os dois países e a necessidade de medidas mais rigorosas em relação à tributação das empresas que exploram os recursos naturais brasileiros. O encontro com Fernando Haddad e a participação nas reuniões do G20 destacam a preocupação mútua com questões socioambientais e econômicas, buscando um equilíbrio entre o desenvolvimento sustentável e a geração de riqueza.