Antônio destruiu um relógio de pêndulo do século 17, presente da Corte Francesa para Dom João VI. O item, de autoria do francês Balthazar Martino, tem valor inestimável, sendo um dos dois exemplares no mundo. O outro exemplar, com metade do tamanho, está exposto no Palácio de Versalhes, na França, e pertencia ao rei Luis XIV.
O ministro destacou que Antônio Cláudio foi preso preventivamente após ser reconhecido em vídeo no interior do Palácio do Planalto, durante a invasão. Além disso, o réu fez registros dentro do Palácio do Planalto e no QGEx, evidenciando sua intensa adesão à empreitada criminosa e dano ao relógio histórico trazido por D. João VI em 1808.
Após adentrar o Palácio do Planalto, Antônio Cláudio quebrou vidros do prédio, depredou cadeiras, painéis, mesas, obras de arte e móveis históricos. O acusado está detido desde 24 de janeiro de 2023.
Já Leonardo Alves Fares invadiu o plenário do Senado, onde gravou diversas cenas dos ataques. Em um vídeo compartilhado em grupos bolsonaristas, ele aponta para um policial legislativo, alegando que o mesmo autorizou o grupo a entrar no recinto. As filmagens mostram cenas de depredação e confronto registradas em seu celular.
Ambos os réus são acusados de diversos crimes, incluindo golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. Além da pena de prisão, o ministro propõe que paguem coletivamente uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais.
Agora, caberá aos demais ministros da corte analisar os casos de Antônio e Leonardo e decidir sobre suas condenações.