Uma dessas vítimas procurou o Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) da Defensoria Pública no dia 25 de março, após ter o atendimento negado no Hospital da Mulher. Mesmo estando com 24 semanas de gestação, a unidade de saúde alegou que apenas realizava o procedimento até as 22 semanas.
Diante dessa situação, a Defensoria acionou a Justiça para garantir o direito da mulher. Após uma determinação judicial, ela foi agendada para um atendimento no Hospital Tide Setubal, em São Miguel Paulista, no dia 8 de abril. No entanto, a norma do CFM foi publicada dois dias depois, barrando o aborto em gestações avançadas.
A juíza suspendeu os efeitos da liminar concedida e a paciente teve o procedimento negado novamente, mesmo após realizar exames e ouvir os batimentos cardíacos do bebê na consulta. Diante das sucessivas negativas, ela precisou viajar para outro estado com a ajuda de uma ONG para ter acesso ao aborto legal.
Tanto o Hospital da Mulher quanto a Secretaria Municipal da Saúde se pronunciaram, o primeiro alegando não possuir estrutura para realizar o procedimento em gestações avançadas e o segundo reforçando seu compromisso com o acolhimento da população.
Além disso, o artista Yago Oproprio está prestes a lançar seu primeiro álbum, intitulado “Oproprio”, que retrata situações do cotidiano vividas por ele na zona leste de São Paulo. Com um estilo de rap mais melódico, o artista busca gerar identificação com suas letras e experiências pessoais.