De acordo com o ministro Moraes, a idade avançada de 74 anos do investigado e a ausência de violência ou grave ameaça na conduta criminosa foram fatores que influenciaram a decisão de soltá-lo. Segundo sua análise, os objetos encontrados estavam dentro da residência de Costa Neto no momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão. A defesa do presidente do PL defendeu que a posse da pepita de ouro não configura delito, de acordo com a jurisprudência. Além disso, a arma encontrada seria registrada, de uso permitido, pertencente a um parente próximo e teria sido esquecida no apartamento de Costa Neto há vários anos.
A Polícia Federal afirmou que o partido de Costa Neto, o Partido Liberal, teria sido “instrumentalizado” pelo político para reforçar uma narrativa falsa de fraude nas urnas eletrônicas, na tentativa de legitimar manifestações bolsonaristas perto de instalações das Forças Armadas após o segundo turno das eleições de 2022. O partido apresentou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) buscando anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas, alegando “mau funcionamento” do sistema. Por conta disso, o PL foi multado por “má-fé”.
Após o segundo turno, o PL pediu uma “verificação extraordinária” das urnas utilizadas na eleição, alegando que houve quebra de confiabilidade nos dados extraídos de parte dos aparelhos. A ação afirmava que Bolsonaro teria vencido a disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora não houvesse provas concretas para tal afirmação.
Por fim, a decisão do ministro do STF de soltar Valdemar Costa Neto gerou repercussão e debates entre apoiadores e opositores do político, refletindo as divergências políticas e jurídicas sobre o caso.