Essa decisão marca um novo capítulo em um processo que se arrasta há um ano e sete meses. A PGR, ainda sob a gestão de Augusto Aras, havia defendido o arquivamento da investigação. Em setembro de 2022, o órgão solicitou o arquivamento do inquérito instaurado em 2020 para apurar a suposta interferência do ex-presidente na corporação. A vice-procuradora-geral Lindôra Araújo afirmou que não havia justa causa para apresentação de denúncia no caso.
Agora, cabe ao STF acatar ou não o pedido da Procuradoria e encerrar a apuração. Moraes, que até então não havia analisado o pedido, agora abre essa possibilidade ao solicitar a reavaliação do caso. É importante ressaltar que desde dezembro a PGR é comandada por Paulo Gonet, indicado pelo atual presidente, Lula, com apoio do ministro Alexandre de Moraes.
Essa decisão de Moraes coloca em destaque a complexidade e sensibilidade dos processos envolvendo figuras políticas de alto escalão. O desenrolar desse caso certamente terá repercussões significativas no meio jurídico e político, sendo aguardado com grande expectativa por diversos setores da sociedade. A atuação do STF e da PGR nesse caso será fundamental para definir os rumos dessa investigação e para a manutenção do estado democrático de direito no país.