Neste mesmo dia, a Polícia Federal efetuou a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão (conselheiro do TCE-RJ) e Rivaldo Barbosa (ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro), sob a acusação de serem os mandantes do assassinato de Marielle e de tentar obstruir as investigações. As prisões foram realizadas com base na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que foi relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, outro ex-PM, já estavam presos desde 2018 como os executores do crime contra a vereadora carioca e seu motorista. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, teve papel fundamental ao solicitar as prisões e determinar medidas cautelares contra os suspeitos envolvidos nesse crime hediondo.
Os presos estão sendo transferidos do Rio de Janeiro para Brasília, em meio a um cenário de muita tensão e expectativa. A Polícia Federal anunciou que não pretende realizar novos depoimentos com os detidos, considerando o caso como encerrado e os irmãos Brazão como os mandantes do crime que chocou o país.
Chiquinho e Domingos Brazão são membros de uma família com grande influência política no Rio de Janeiro, com forte presença na Zona Oeste, especialmente em Jacarepaguá, área historicamente dominada por milícias. Essa não é a primeira vez que os irmãos têm seus nomes associados a escândalos, incluindo corrupção, fraude e até homicídio.
Essa reviravolta no caso Marielle Franco lança luz sobre conexões obscuras e revela a necessidade de aprofundar as investigações para garantir justiça e punição aos responsáveis por esse crime brutal que abalou a sociedade brasileira. O papel das autoridades judiciais e policiais se mostra crucial nesse momento delicado, e a transparência nos processos é fundamental para restaurar a confiança da população na justiça.
