As reportagens que originaram a investigação levaram a pressões sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou decidindo manter Juscelino no cargo de ministro das Comunicações, mesmo diante das suspeitas de uso indevido de recursos públicos. Isso levou a quebra da promessa do presidente de não manter em seu governo integrantes do primeiro escalão envolvidos em irregularidades.
Recentemente, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, declarou que Lula pretende tomar uma decisão em relação ao ministro, cobrando um posicionamento do partido União Brasil, ao qual Juscelino é filiado. Wagner destacou que o presidente foi claro ao pedir para que o ministro se defendesse diante das primeiras suspeitas, mas que agora, com o indiciamento, tem um “fato novo” a considerar.
Juscelino, por sua vez, criticou o indiciamento realizado pela Polícia Federal, alegando se tratar de uma ação política e previsível. O ministro afirmou que a investigação distorceu premissas e ignorou fatos, além de não ter ouvido a sua defesa no escopo do inquérito. O partido União Brasil demonstrou total apoio ao ministro, criticando os prejulgamentos e chamando a investigação de parcial.
O relatório final da PF apontou indícios de outros crimes, como falsidade ideológica, frustração de licitações e violação de sigilo em licitações. Agora, cabe ao ministro do Supremo Tribunal Federal remeter os autos à Procuradoria-Geral da República para novas diligências no caso. Juscelino cumpriu agenda em São Paulo recentemente, não comentando o indiciamento com a imprensa presente no evento.
O histórico de Juscelino envolve acusações de desvio de verbas públicas, direcionamento de recursos para a cidade administrada por sua irmã e o uso indevido de recursos, incluindo informações falsas à Justiça Eleitoral e o uso de um avião da FAB para participar de leilões de cavalos em São Paulo. A situação continua em desenvolvimento e aguarda-se decisões futuras em relação ao caso.