Ministro da Secom alerta para cuidado com declarações em meio à guerra entre Israel e o Hamas

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT), fez um alerta aos servidores com cargos de chefia sobre a importância de ter cuidado com suas declarações, pois as consequências acabam recaindo para o governo federal. Especialmente em temas delicados, como a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O alerta de Pimenta vem no mesmo dia em que o presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Hélio Doyle, foi demitido por postagens anti-Israel. Em uma dessas postagens, Doyle compartilhou uma mensagem em que chama os apoiadores do Estado israelense de “idiotas”.

Em entrevista à Folha, o ministro ressaltou que é preciso tratar o momento com respeito, seriedade, gravidade e delicadeza. Ele destacou que o comportamento e a postura dos servidores que ocupam cargos de chefia devem estar alinhados com a conduta de respeito, busca da promoção da paz e capacidade de diálogo com todos os atores envolvidos no conflito.

No mesmo dia, o governo brasileiro demitiu Doyle da presidência da EBC após suas postagens críticas a Israel e seus apoiadores. Essas publicações ocorrem em um momento em que o Brasil está temporariamente na presidência do Conselho de Segurança da ONU, que está tratando do conflito em uma série de reuniões. Além disso, o governo está em tratativas para repatriar os brasileiros que ainda estão na Faixa de Gaza.

Pimenta não comentou especificamente as publicações de Doyle, mas cobrou a responsabilidade de todo servidor com declarações e atitudes, uma vez que quem responde por elas é o governo como um todo. Ele afirmou que as orientações não representam censura ou proibição de manifestações sobre o conflito no Oriente Médio, mas é preciso diferenciar opiniões de “achincalhamento” ou “ataque gratuito”.

A guerra entre Israel e o Hamas teve início no dia 7, após ataques do grupo terrorista em território israelense. Israel iniciou uma campanha de retaliação, resultando na morte de milhares de palestinos. Lula condenou os ataques contra Israel, classificando-os como “terroristas”, porém não mencionou o grupo Hamas em sua manifestação.

O Brasil adota a posição de só reconhecer como terrorista grupos assim definidos pelo Conselho de Segurança da ONU, o que não inclui o Hamas. Recentemente, Lula lamentou o ataque a um hospital na Faixa de Gaza, mas não atribuiu a ação a nenhum dos lados em particular.

É importante ressaltar que as declarações do ministro Paulo Pimenta visam garantir a postura adequada dos servidores em uma situação tão delicada quanto a guerra entre Israel e o Hamas, buscando promover a paz e proteger os interesses dos brasileiros envolvidos no conflito.

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