Ministro da Justiça determina afastamento da direção de penitenciária e alerta à Interpol sobre fugitivos do Comando Vermelho

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou na noite de ontem o afastamento da direção da penitenciária, que será assumida por um interventor designado por ele. A medida foi tomada após a constatação da fuga de dois detentos, membros da facção criminosa Comando Vermelho, da unidade prisional.

Além disso, as autoridades também emitiram alerta à Interpol, orientando a inserção dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e incluindo-os no Sistema de Proteção de Fronteiras. As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) também foram acionadas para colaborar com os esforços de localização e prisão dos foragidos. O grupo, que reúne as polícias federais e estaduais, atua nas ações de repressão da criminalidade organizada.

A fuga dos detentos foi constatada na manhã desta quarta-feira por agentes federais, depois que os presos pularam um alambrado na unidade prisional. Segundo fontes ouvidas pelo UOL, os fugitivos, Deibson Cabral Nascimento, 33, e Rogério da Silva Mendonça, 35, haviam sido transferidos para a unidade federal após terem participado de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, em julho do ano passado.

A prisão dos fugitivos é considerada uma prioridade pelas autoridades, devido à natureza dos crimes pelos quais foram condenados e à associação com o Comando Vermelho. A atuação conjunta das forças policiais federais, estaduais e da Interpol é crucial para garantir a captura dos detentos e garantir que não representem um perigo para a sociedade.

O caso destaca a necessidade de maior segurança nas unidades prisionais e a constante vigilância sobre detentos com histórico de envolvimento com facções criminosas. A fuga dos presos também levanta questões sobre a capacidade do sistema prisional em lidar com detentos de alta periculosidade, especialmente após rebeliões e situações de instabilidade. As investigações sobre a fuga e as medidas para evitar casos semelhantes no futuro devem ser uma prioridade para as autoridades responsáveis.

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