José Manuel Zelaya anunciou sua renúncia, alegando que desejava permitir que as investigações ocorressem de forma transparente e independente. Em uma declaração nas redes sociais, o ministro defendeu a integridade e honra de seu pai, afirmando que sua renúncia era necessária para que a verdade fosse esclarecida.
Após prestar depoimento no Ministério Público, Carlos Zelaya admitiu ter participado de uma reunião com um conhecido narcotraficante hondurenho em 2013, onde teria sido oferecido um financiamento para a campanha eleitoral do partido governista Liberdade e Refundação. No entanto, ele ressaltou que a reunião foi unilateral e não contou com a participação ou conhecimento do presidente Zelaya ou da presidente Castro.
As declarações de Carlos Zelaya surgiram em um momento conturbado, três dias após a presidente de esquerda anunciar o cancelamento do tratado de extradição com os Estados Unidos. O tratado havia permitido a extradição de 50 hondurenhos ligados ao narcotráfico, incluindo políticos influentes.
Com a renúncia do presidente e do ministro da Defesa, a política em Honduras fica em xeque, com questionamentos sobre a transparência e integridade do governo. As investigações em curso prometem trazer à tona mais detalhes sobre as acusações envolvendo narcotráfico e corrupção, em um cenário político cada vez mais volátil e incerto.