A empresária Cristiana Taddeo, dona da empresa Hempcare, alegou à Polícia Federal que o contrato firmado com o Estado da Bahia tinha o valor de R$ 48 milhões. No entanto, os respiradores, adquiridos em abril de 2020, nunca foram entregues. Cristiana afirmou que a venda teve a autorização do então governador, com o intermédio de um empresário baiano que seria amigo de Costa e da primeira-dama Aline Peixoto.
Em meio às acusações, Rui Costa destacou a importância de seguir estritamente a lei durante seus oito anos de mandato como governador e ressaltou o trabalho incansável de sua equipe para minimizar as perdas humanas durante a pandemia da Covid-19. Após a constatação de que os respiradores não foram entregues, ele determinou a abertura de uma investigação pela Secretaria de Segurança Pública do estado, resultando na prisão dos responsáveis semanas depois.
O ex-governador também questionou a retomada do caso, considerando que a investigação da Polícia Federal levou quase três anos e resultou na remessa do processo à primeira instância. Costa reforçou que nunca negociou com intermediários sobre a compra de equipamentos de saúde durante sua gestão. Ele defendeu sua inocência, alegando a inexistência de indícios de participação nos fatos investigados e expressou o desejo de que os responsáveis pelo desvio de verbas e pelo impedimento da salvação das vidas que dependiam dos respiradores sejam devidamente punidos.