O Ministro ressaltou o posicionamento do Brasil em relação ao uso da força militar, afirmando que o país não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas por meio do uso da força. Ele enfatizou ainda que uma parcela significativa do mundo fez a opção pela paz e não aceita ser envolvida em conflitos impulsionados por nações estrangeiras. Vieira rejeitou a busca por hegemonias, antigas ou novas, salientando que não é do interesse do Brasil viver em um mundo fraturado.
Além disso, o Ministro expressou preocupação com os gastos militares em todo o mundo, apontando que o mundo ultrapassa a marca de US$ 2 trilhões em gastos militares a cada ano. Em comparação, os programas de ajuda à assistência de desenvolvimento permanecem estagnados em torno de US$ 60 bilhões por ano, enquanto os desembolsos para combater mudanças climáticas mal conseguem alcançar os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris.
À medida que o G20 avança nas discussões sobre seu papel diante das tensões internacionais em curso, Vieira encorajou todos os países a iniciarem o diálogo reiterando seus compromissos sob a Carta das Nações Unidas e rejeitando publicamente o uso da força, a intimidação, as sanções unilaterais, a espionagem, a manipulação em massa de mídias sociais e quaisquer outras medidas incompatíveis com o espírito e as regras do multilateralismo como meio de lidar com as relações internacionais.
A reunião plenária começou com atraso de quase meia hora, mas foi marcada pela intensidade das declarações de Mauro Vieira em relação à paz, segurança e gastos militares. As palavras do Ministro do Brasil ressoaram em meio à plateia de representantes das maiores economias do mundo, colocando em evidência a posição do Brasil em relação a questões internacionais cruciais.