Ministro Alexandre de Moraes fortalece inquéritos ao evitar emitir mandado de prisão contra Bolsonaro após passagem pela embaixada da Hungria

O caso envolvendo as duas noites que o presidente Jair Bolsonaro passou na embaixada da Hungria em fevereiro, após ter seu passaporte apreendido, levanta questionamentos sobre a força do direito e a possibilidade de uma ação mais enérgica por parte do ministro Alexandre de Moraes.

Como Rui Barbosa ensinou, a força do direito deve prevalecer sobre o direito da força. No entanto, a situação de Bolsonaro na embaixada poderia ser encarada como um desafio para o ministro Alexandre de Moraes. A possibilidade de emitir um mandado de prisão preventiva contra o presidente poderia ser interpretada como uma demonstração de força por parte do judiciário.

Bolsonaro, no entanto, não é um investigado convencional. Sua postura diante das câmeras de segurança revela um comportamento que desafia a lógica comum. Ao se deixar flagrar dentro da embaixada, ele parece desafiar as autoridades federais e desdenhar da possibilidade de ser preso.

A atuação de Moraes, nesse contexto, é crucial. Ao dar um prazo de 48 horas para que os advogados de Bolsonaro se expliquem sobre sua estadia na embaixada, o ministro abre espaço para uma possível interpretação do caso. A alegação de que o presidente estava na embaixada para “manter contatos com autoridades do país amigo” parece ser apenas uma estratégia dos advogados para desviar o foco da situação.

No entanto, é importante ressaltar que o Brasil e o Supremo Tribunal Federal não devem se deixar enganar por jogos de retórica. É fundamental que a justiça seja feita e que a lei seja aplicada de forma igual para todos os cidadãos, inclusive para o presidente da República. É nesse contexto que a atuação de Alexandre de Moraes ganha relevância e deve ser acompanhada com atenção pela sociedade e pelos órgãos competentes.

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