Ministra do STF concede liberdade provisória à cantora bolsonarista presa em Goiânia por participação em ataques golpistas.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória à cantora gospel bolsonarista Fernanda Rodrigues de Oliveira, conhecida como Fernanda Ôliver, que estava presa desde agosto em Goiânia. Ela foi presa na 14ª fase da operação Lesa Pátria, que mira golpistas que incitaram e participaram dos ataques do dia 8 de janeiro.

Fernanda Ôliver ficou conhecida como a musa dos ataques golpistas e participou do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. A suspeita é de que ela participou e incentivou os ataques golpistas de 8 de janeiro.

A liberdade provisória concedida ao cantora foi acompanhada de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar do país e de utilização de redes sociais. Sua advogada, Hayane Domingues, afirmou que Fernanda já está em casa, com a sua família.

A advogada havia pedido a revogação da prisão preventiva sob o argumento de que não havia motivos na investigação para mantê-la na prisão, e que Fernanda Ôliver possui bons antecedentes, profissão definida e residência fixa.

Além de Fernanda Ôliver, na mesma fase da operação Lesa Pátria, também foi preso Rodrigo Lima, influenciador bolsonarista que se apresenta em suas redes sociais como “político, gestor público, cientista político, professor, palestrante e escritor”. Ele aparece em postagens ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e criticando a CPI do 8 de janeiro.

A Polícia Federal, responsável pelas investigações, afirmou que os alvos daquela fase da operação eram “suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de ‘Festa da Selma’, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões”. Segundo a PF, o termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos.

Diante disso, a concessão de liberdade provisória à Fernanda Ôliver representa mais um capítulo nas investigações sobre os ataques golpistas do dia 8 de janeiro e busca apurar a participação de diversas figuras influentes que incentivaram e participaram dessas ações. A liberdade da cantora, acompanhada das medidas cautelares, sinaliza a continuidade das apurações nesse âmbito.

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