A exoneração de Ribeiro acontece no contexto de denúncias sobre as condições precárias dos hospitais federais no Rio de Janeiro. Funcionários do Hospital Federal dos Servidores do Estado relataram episódios de insalubridade, como cirurgias realizadas em salas inundadas. Essas denúncias levaram a ministra Nísia Trindade a criar um comitê em março para coordenar o funcionamento das unidades.
Após cobranças do presidente Lula durante uma reunião ministerial, a ministra da Saúde foi pressionada devido às condições dos hospitais, à epidemia de dengue e às mortes dos yanomamis no primeiro ano do governo. Como resultado, o comando da Secretaria de Atenção Especializada foi substituído, com a demissão de Helvécio Magalhães.
Durante uma coletiva, a ministra afirmou que o Ministério identificou, na transição de governo, diversos problemas nos hospitais federais do Rio de Janeiro. Entre esses problemas estão 593 leitos fechados, enfermarias e centros cirúrgicos interditados, desabastecimento de insumos e medicamentos, falta de manutenção em equipamentos e infraestrutura, redução de servidores estatutários e déficit de profissionais. Para tentar reverter essa situação, o Ministério promoveu a reabertura de 300 leitos e a contratação de 294 profissionais, o que resultou em um aumento de 22% nas internações hospitalares em relação ao ano anterior.