Ao retomar seu voto, Cármen Lúcia revelou que havia revisado sua posição devido às medidas adotadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, para conter o desmatamento. No entanto, ela manteve a declaração de estado de coisas inconstitucional, sublinhando a importância da proteção ambiental na região.
A ministra também fez menção ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDam), que havia sido interrompido durante o governo Bolsonaro e recentemente retomado pelo governo petista. Ela destacou a redução significativa do desmatamento, citando dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) que apontaram uma queda de 42,5% nos primeiros sete meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, Cármen Lúcia criticou a redução orçamentária promovida pelo governo Lula no Ministério do Meio Ambiente. A magistrada frisou a importância de garantir recursos financeiros adequados para a pasta, destacando que é preciso ir além das promessas verbais e garantir verba para a proteção ambiental na Amazônia.
Diante dessas considerações da ministra do STF, fica evidente a complexidade e a urgência da questão ambiental no Brasil, colocando em pauta a necessidade de ações concretas e efetivas para a preservação da Amazônia e de seus recursos naturais.