Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministra austríaca envolvida em escândalo de espionagem nega relação com agente russo e enfrenta repercussões políticas graves.

A ex-ministra das Relações Exteriores da Áustria, Karin Kneissl, voltou a ser destaque nos noticiários devido a sua relação controversa com o presidente russo Vladimir Putin. Em agosto de 2018, imagens dela dançando com Putin durante um evento levantaram questões sobre a neutralidade do país, que na época ocupava a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

Kneissl, que foi nomeada ministra pelo Partido da Liberdade (FPOe), de extrema direita, havia assinado um “pacto de cooperação” com o partido Rússia Unida de Putin. Apesar disso, ela deixou o governo um ano após o baile e se distanciou do FPOe, alegando que o partido tentou se livrar dela por ser “muito independente”.

No entanto, as polêmicas não pararam por aí. Kneissl acabou se mudando para a Rússia em setembro de 2023, o que gerou ainda mais controvérsias. Recentemente, ela foi envolvida no maior escândalo de espionagem da Áustria em décadas, após a prisão de um oficial da inteligência austríaca ligado ao FPOe.

Em meio a acusações de que espiões próximos ao partido estavam trabalhando como agentes russos, Kneissl se pronunciou negando seu envolvimento no caso. Em entrevista à AFP, ela declarou que nunca se encontrou com o oficial preso e que não sabia de nada relacionado ao escândalo, colocando-se à disposição dos tribunais para cooperar com as investigações.

A ex-ministra segue no centro de uma controvérsia política e diplomática, sendo alvo de críticas e questionamentos sobre sua conduta e suas relações com a Rússia. O caso continua a ser acompanhado de perto pela imprensa e pela opinião pública, que aguardam por desdobramentos e esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de Kneissl no escândalo de espionagem.

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