Ministério dos Direitos Humanos investiga secretário por denúncias de assédio moral em Macaé Evaristo – Acusações complicam pasta

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania se vê novamente envolvido em polêmicas e investigações internas após receber uma denúncia anônima com 14 condutas irregulares atribuídas ao secretário da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva. Esta não é a primeira vez que Silva é acusado de assédio moral, sendo que uma denúncia anterior foi arquivada por falta de materialidade no início do ano.

As novas acusações surgiram logo após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida, acusado de assédio sexual e moral, com uma das vítimas apontadas sendo a ministra Anielle Franco. Diante disso, a ministra Macaé Evaristo reassumiu as investigações e há possibilidade de que o secretário seja exonerado do cargo. Porém, as mudanças na equipe ainda aguardam processos burocráticos para serem efetivadas.

O site Brasil de Fato e a Folha tiveram acesso às denúncias envolvendo Silva, que teria cometido as condutas de assédio moral descritas no Guia Lilás do governo federal. Entre as acusações estão ameaças de demissão, tratamento desrespeitoso a subordinados, piadas sobre gravidez no ambiente de trabalho e apropriação indevida de ideias de mulheres sem dar crédito.

A denúncia também destaca que Silva privilegia alguns funcionários enquanto exerce controle excessivo e desmerecedor sobre aqueles que são alvo de assédio. As práticas alegadas são descritas como assédio moral e não como brincadeiras ou gestão inadequada, de acordo com o documento enviado ao Ministério.

Essa situação surge em um momento em que o Ministério dos Direitos Humanos já enfrentava denúncias de assédio moral em diversas áreas, fato que veio à tona dias antes da demissão de Silvio Almeida. Vieira da Silva assumiu o cargo após a saída de Ariel de Castro, que alegou ter sido exonerado por desentendimentos com Almeida.

O Ministério se pronunciou afirmando que a reabertura do processo de investigação é pertinente e que todas as denúncias devem ser apuradas com rigor, garantindo o amplo direito de defesa e sigilo das vítimas. Até o momento, o secretário Cláudio Augusto Vieira da Silva não se manifestou sobre as acusações.

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