A questão da linguagem inclusiva ganhou destaque, mesmo sem ser objeto de uma norma explícita. Em um documento anterior do governo, o então ministro Agustín Rossi reconheceu as mudanças culturais relacionadas às relações de gênero e afirmou o compromisso em acompanhar essas mudanças. O Ministério da Defesa publicou um texto intitulado “Mulheres Argentinas”, no qual Rossi expressou a expectativa de que a perspectiva de gênero fosse transversal em toda a instituição.
No entanto, a prática discricionária de usar a linguagem inclusiva gerou controvérsias. Um major-general chamou a atenção da imprensa em 2022 ao se dirigir a “soldados e soldadas”. O político Milei, que se autointitula um “libertário anarcocapitalista”, sempre se opôs à linguagem inclusiva e à chamada “ideologia de gênero”. Segundo ele, essas práticas fazem parte de uma suposta tentativa de doutrinação do “marxismo cultural” para reverter a ordem social no Ocidente.
Em meio a essas discussões, a importância do uso adequado do idioma e a reflexão sobre a inclusão de diferentes perspectivas na sociedade argentina continuam sendo temas relevantes. O debate em torno da linguagem inclusiva e das normas linguísticas segue em pauta, revelando diferentes visões e posturas políticas em relação a essas questões.