Militares dos Seals declarados mortos em operação no golfo de Aden contra rebeldes houthis

Dois militares dos Seals, a força de elite da Marinha dos Estados Unidos, desapareceram durante uma operação no golfo de Aden em um navio iraniano, onde buscavam embarcações supostamente carregadas com armas destinadas aos rebeldes houthis no Iêmen. Após uma longa operação de busca, as autoridades militares americanas confirmaram no domingo (21) a morte dos dois agentes.

A operação em questão visava abordar uma pequena embarcação a vela, conforme informações da inteligência americana sobre a chegada de armas do Irã aos rebeldes houthis no Iêmen. Durante a ação, um militar acabou escorregando da escada de abordagem e caindo na água, o que levou outro membro da equipe a pular no mar em uma tentativa de resgate. Contudo, ambos foram levados pela correnteza.

As buscas pelos dois militares desaparecidos envolveram navios e aeronaves dos Estados Unidos, Espanha e Japão, em uma operação conjunta. “Nossas orações estão com as famílias dos Seals, a Marinha dos EUA e toda a comunidade de Operações Especiais durante este período”, declarou o general Michael Erik Kurilla, à frente do Comando Central das Forças Armadas dos EUA.

Além disso, a operação resultou na apreensão de componentes de mísseis balísticos e de cruzeiro fabricados no Irã, que seriam enviados ao Iêmen. Isso, de acordo com os militares americanos, viola a lei internacional e uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os rebeldes houthis têm apoio do Irã e financiam o Hamas, um grupo em conflito com Israel. Dominando parte do território iemenita desde 2014, os houthis têm realizado ataques a navios mercantes na região do mar Vermelho desde novembro de 2023.

Neste contexto, as mortes dos militares americanos configuram as primeiras baixas dos EUA no Oriente Médio inseridas dentro do contexto da guerra Israel-Hamas, que alcançou recentemente cem dias. Em resposta aos ataques dos houthis, os Estados Unidos e o Reino Unido montaram uma força-tarefa naval com outros países para proteger as rotas comerciais no mar Vermelho e impedir ataques que têm prejudicado o comércio global e elevado temores de gargalos de fornecimento.

Adicionalmente, os Estados Unidos realizaram ataques a alvos dos rebeldes houthis no Iêmen no início do mês como resposta ofensiva do grupo iemenita a embarcações no mar Vermelho. Essa situação tem causado preocupações e implicações significativas para a segurança e estabilidade da região e das rotas comerciais no mar Vermelho.

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