Mercado revisa projeções para inflação, dólar e balança comercial em 2024, aponta pesquisa do Banco Central.

O mercado financeiro revisou suas projeções para a inflação, o dólar e o resultado da balança comercial para este ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (15).

Os analistas consultados reduziram a expectativa para a inflação em 2024, projetando agora uma alta de 3,87% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ante a projeção anterior de 3,90%. Para 2025 e 2026, a projeção para o avanço dos preços permanece em 3,50%, dentro do centro da meta oficial para a inflação, que é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Além disso, a expectativa para o dólar ao final de 2024 também foi reduzida, passando de R$ 5,00 para R$ 4,95. Já para a balança comercial, o mercado revisou para cima a projeção do saldo, estimando um superávit de US$ 75 bilhões, ante os US$ 70,50 bilhões previstos anteriormente.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e à política monetária, as projeções permaneceram inalteradas. A estimativa de crescimento do PIB para este ano segue em 1,59%, e em 2,0% em 2025. Quanto à taxa básica de juros, a Selic, a expectativa é de que ela encerre este ano em 9,0% e caia para 8,50% no próximo ano.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central volta a se reunir no final de janeiro para deliberar sobre a política monetária, com expectativa de que a Selic, atualmente em 11,75%, seja novamente reduzida em 0,5 ponto percentual.

Essas revisões refletem a percepção do mercado em relação aos indicadores econômicos e sinalizam um ambiente de expectativas mais favorável em relação à inflação e ao desempenho da balança comercial. A redução das projeções para o dólar também indica uma perspectiva de maior estabilidade cambial nos próximos meses. No entanto, a manutenção das projeções para o PIB e a Selic reflete a cautela dos analistas diante do cenário econômico ainda sujeito a incertezas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo