O medo de dirigir sozinha com sua filha levou-a a contratar um taxista para as viagens, com receio de que sua própria passagem por ser uma mulher poderia atrair violência. Após sua separação, novos medos surgiram, como o temor de ter um AVC e não poder cuidar de sua filha. Ela até pediu para seu ex-marido dormir com o celular ligado em caso de emergência.
Durante a gravidez, ela rezou por 90 dias para que sua filha nascesse perfeita, temendo não ser digna da maternidade. Mesmo após superar as dificuldades do início da gestação, alguns receios persistiram, levando-a a questionar sua força e capacidade como mãe.
Mesmo aos 45 anos, com duas décadas de terapia e conhecimento sobre feminismo, a jornalista ainda se viu abduzida pelo conservadorismo e pelo patriarcado, chorando em um restaurante ao observar famílias ao seu redor. Ela fantasiava sobre a ideia de uma vida em parceria, compartilhando momentos de intimidade e cumplicidade com um companheiro na criação dos filhos.
No entanto, ela reconhece sua força e determinação, questionando seu próprio papel como mulher e mãe. Apesar dos medos e inseguranças, ela encontra conforto na liberdade e na relação especial com sua filha inteligente.
A jornalista reflete sobre as expectativas e pressões sociais em relação à maternidade, questionando os padrões tradicionais de feminilidade e força. Sua história revela a complexidade e os desafios enfrentados por muitas mulheres que lutam para equilibrar suas próprias inseguranças com a responsabilidade de cuidar de seus filhos.