De acordo com as postagens nas redes sociais feitas por Kisha, as jovens estavam apenas se divertindo e debatendo questões sociais quando foram repreendidas pelos agentes de segurança. A situação escalou para uma discussão e as MCs, todas negras, foram retiradas do trem de forma agressiva. A MC Kisha relatou que teve suas tranças arrancadas pela raiz por uma agente, causando uma lesão no couro cabeludo.
Após o ocorrido, Kisha procurou apoio jurídico para encaminhar o caso ao Ministério Público e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A deputada federal Erika Hilton, do PSOL-SP, enviou ofícios à CPTM e ao governo de São Paulo pedindo investigação do caso e medidas para combater a violência, o racismo e a discriminação nos espaços da companhia.
Em resposta às acusações, a CPTM afirmou que o grupo tumultuou a viagem dos passageiros e que uma vigilante foi agredida por uma das mulheres após a ordem para desembarcarem do trem. A empresa se comprometeu a apurar a abordagem às jovens e ressaltou que não tolera qualquer tipo de violência em seus trens e estações.
As MCs foram encaminhadas ao 2º DP (Bom Retiro) e a CPTM declarou que, se constatada alguma irregularidade na atuação da equipe de segurança, serão adotadas medidas administrativas. O caso gerou revolta e indignação nas redes sociais, especialmente pela agressão física sofrida por Kisha, que denunciou o ocorrido e clamou por respeito e paz.