MC Kisha denuncia agressão por seguranças da CPTM durante batalha de rimas; Tranças arrancadas e violência na estação da Luz.

No último domingo, a MC Kisha, conhecida como “rimadora de vagão”, e um grupo de amigas foram vítimas de agressão por parte de agentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na estação da Luz, em São Paulo. Segundo relatos da artista, após participarem de uma batalha de rimas na zona sul da cidade, elas estavam improvisando rimas no vagão do trem da linha 7-rubi quando foram abordadas pelos seguranças da CPTM.

De acordo com as postagens nas redes sociais feitas por Kisha, as jovens estavam apenas se divertindo e debatendo questões sociais quando foram repreendidas pelos agentes de segurança. A situação escalou para uma discussão e as MCs, todas negras, foram retiradas do trem de forma agressiva. A MC Kisha relatou que teve suas tranças arrancadas pela raiz por uma agente, causando uma lesão no couro cabeludo.

Após o ocorrido, Kisha procurou apoio jurídico para encaminhar o caso ao Ministério Público e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A deputada federal Erika Hilton, do PSOL-SP, enviou ofícios à CPTM e ao governo de São Paulo pedindo investigação do caso e medidas para combater a violência, o racismo e a discriminação nos espaços da companhia.

Em resposta às acusações, a CPTM afirmou que o grupo tumultuou a viagem dos passageiros e que uma vigilante foi agredida por uma das mulheres após a ordem para desembarcarem do trem. A empresa se comprometeu a apurar a abordagem às jovens e ressaltou que não tolera qualquer tipo de violência em seus trens e estações.

As MCs foram encaminhadas ao 2º DP (Bom Retiro) e a CPTM declarou que, se constatada alguma irregularidade na atuação da equipe de segurança, serão adotadas medidas administrativas. O caso gerou revolta e indignação nas redes sociais, especialmente pela agressão física sofrida por Kisha, que denunciou o ocorrido e clamou por respeito e paz.

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