Maxmilhas entra com pedido de recuperação judicial após impactos da reestruturação da 123milhas

A empresa Maxmilhas, que faz parte do grupo da 123milhas, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais declarando dívidas no valor de R$ 226 milhões. A justificativa para essa ação é o impacto no mercado de agências de turismo online causado pela reestruturação da 123milhas, que já havia entrado em recuperação judicial no final de agosto.

Quando um pedido de recuperação judicial é aceito, a empresa consegue evitar a cobrança de dívidas e ganha tempo para organizar um plano de pagamento. Mesmo que a Maxmilhas seja uma operação independente da 123milhas, o mercado como um todo tem sido afetado, o que dificulta a capacidade financeira da empresa, afirmou em nota.

De acordo com o processo protocolado na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, a crise da 123milhas resultou em uma queda brusca nas vendas da Maxmilhas. Em um mês, o faturamento da empresa caiu 70% com a venda de passagens aéreas e 90% com a venda de hospedagens.

Apesar da situação financeira delicada, a Maxmilhas garantiu em nota que não suspenderá nenhum produto e que também não cancelou passagens ou reservas de hospedagens. A empresa, que tem 10 anos de atuação, já vendeu cerca de 12 milhões de viagens no país.

É importante ressaltar que a Maxmilhas é uma plataforma que permite a compra e venda de milhas aéreas, oferecendo passagens com até 80% de desconto. A empresa se popularizou por oferecer um serviço alternativo e mais acessível para viagens aéreas.

Esse pedido de recuperação judicial da Maxmilhas é mais um reflexo dos desafios enfrentados pelo setor de turismo durante a pandemia. Com as restrições de viagem e a diminuição na demanda por passagens aéreas e hospedagens, muitas empresas dessa área têm enfrentado dificuldades financeiras. A expectativa é que, com a retomada gradual das atividades turísticas, essas empresas consigam se reerguer e se recuperar dos impactos causados pela crise.

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