Esse ataque ocorreu logo após as Forças Armadas Revolucionárias (FAR) serem acusadas de executar um massacre em Wad Al Nura, deixando um saldo de 104 mortos, incluindo 35 crianças, de acordo com ativistas pró-democracia. Essa situação evidencia a grave crise humanitária que assola o país desde abril de 2023, quando teve início a guerra civil no Sudão.
De um lado, o Exército sudanês, liderado por Abdel Fattah al Burhan, e as FAR, comandadas por Mohamed Hamdan Daglo, travam uma disputa pelo controle do país. Em pouco mais de um ano, estima-se que o conflito tenha provocado dezenas de milhares de mortes, com o número de vítimas chegando a 150.000, segundo o enviado especial americano para o Sudão, Tom Perriello.
Além das tragédias humanas, mais de sete milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas desde o início do conflito. Outros 2,8 milhões foram deslocados por outros confrontos, em um país que possui uma população de 48 milhões de habitantes.
Os lados envolvidos no conflito são alvo de acusações de crimes de guerra, incluindo ataques contra civis, bombardeios indiscriminados de áreas residenciais e obstrução do acesso à ajuda humanitária. Essa situação dramática coloca o Sudão em um cenário de tristeza e desespero, onde a população sofre as consequências de uma guerra sem fim à vista.