Repórter São Paulo – SP – Brasil

Marina Colasanti e Nelson Cruz são finalistas do prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil.

A escritora Marina Colasanti e o ilustrador Nelson Cruz foram anunciados como finalistas do prêmio Hans Christian Andersen, um dos principais do mundo no dia 18 de março. Ambos foram escolhidos pelo conjunto de suas obras, tornando o Brasil o único país com finalistas nas duas categorias do troféu deste ano. Enquanto Colasanti concorre entre os escritores, Cruz disputa o prêmio entre os ilustradores.

O anúncio dos vencedores está marcado para o dia 8 de abril durante a Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália, o principal evento do mercado editorial para esse público. Já a cerimônia de premiação ocorrerá também na Itália, em Trieste, entre os dias 30 de agosto e 1 de setembro.

De acordo com a nota divulgada pelo IBBY, os critérios para avaliar as nomeações incluíram a qualidade estética e literária, bem como o frescor e a inovação do corpo da obra; a capacidade de ver o ponto de vista da criança e de aumentar sua curiosidade.

Na categoria para escritores, os outros finalistas, além de Colasanti, foram Heinz Janisch, da Áustria; Lee Geum-yi, da Coreia do Sul; Bart Moeyaert, da Bélgica; Timo Parvela, da Finlândia; e Edward van de Vendel, da Holanda. Já Nelson Cruz é finalista ao lado dos ilustradores Cai Gao, da China, Iwona Chmielewska, da Polônia; Elena Odriozola, da Espanha; Sydney Smith, Canadá; e Paloma Valdivia, do Chile.

O Brasil já venceu o Hans Christian Andersen outras três vezes, sendo um caso único entre os latino-americanos. Entre os escritores, Lygia Bojunga ganhou o troféu em 1982, enquanto Ana Maria Machado venceu em 2000. Na categoria para ilustradores, Roger Mello foi o premiado em 2014. Outra autora da América Latina a vencer o Andersen foi a escritora argentina Maria Teresa Andruetto, em 2012.

Marina Colasanti desponta como uma das favoritas ao Andersen neste ano, sendo vencedora do prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, no ano passado, também pelo conjunto de sua obra. Além disso, recebeu mais de 20 troféus da FNLIJ, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e quase uma dezena de Jabutis. Já o mineiro Nelson Cruz é um dos principais nomes da ilustração brasileira.

Com um histórico impressionante e uma carreira de sucesso, é evidente que ambos têm reais chances de conquistar o prêmio Hans Christian Andersen e consolidar ainda mais a literatura infantojuvenil brasileira no cenário internacional. A cerimônia de premiação será aguardada com expectativa, não só pelo reconhecimento do talento dos brasileiros, mas também pela possibilidade de fortalecimento e projeção da literatura infantojuvenil brasileira no mercado editorial global.

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