A presença de figuras políticas na Marcha para Jesus não é novidade. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, tem sido uma presença constante no evento, apesar de não ser unanimidade entre os evangélicos. Segundo uma pesquisa Datafolha realizada antes das eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro contava com 49% das intenções de voto dos evangélicos, enquanto Lula tinha 32%.
O apóstolo Estevam Hernandes, presidente do evento no Brasil, destacou que a igreja não possui filiação partidária, apesar de alguns líderes acabarem misturando questões políticas com religiosas. Hernandes se declarou adepto das ideias e convicções defendidas por Bolsonaro, mas ressaltou a diferença entre apoiar e seguir cegamente o político.
O tema da Marcha para Jesus deste ano é “Dupla Honra”, baseado em um texto bíblico, e a expectativa dos organizadores é atrair cerca de dois milhões de participantes de diferentes segmentos religiosos. O evento é visto como uma oportunidade de avivamento espiritual e limpeza espiritual do ambiente da cidade.
Além disso, Estevam Hernandes relembrou a importância de dar continuidade ao trabalho junto às próximas gerações, mencionando a perda de seu filho Tid em 2016 e o legado de amor e serviço deixado por ele. O líder religioso também abordou momentos difíceis de seu passado, como a detenção nos Estados Unidos em 2007, porém ressaltou seu arrependimento e confiança na justiça divina.
A Marcha para Jesus reúne diferentes vertentes cristãs em um momento de fé e união, representando a diversidade e os valores compartilhados pelos participantes. Este ano, o evento promete ser mais uma celebração de espiritualidade e fraternidade entre os fiéis.