Manifestantes invadem plenário do Senado no México em protesto contra reforma judicial, relembrando invasão do Capitólio nos EUA.

Nesta quarta-feira, o Senado mexicano foi palco de cenas de tensão e revolta, com a invasão de manifestantes, em sua maioria funcionários do Judiciário em greve e estudantes universitários. A situação lembrou a invasão do Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, em janeiro deste ano por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

Os manifestantes, ao adentrarem o plenário, pediram a um senador para “detenha o ditador”, em referência ao presidente de esquerda. Agitando uma enorme bandeira do México, denunciaram a reforma em discussão, alegando que viola a independência dos juízes e acaba com a possibilidade de ascender pelo mérito.

Os protestos já vinham se intensificando, com bloqueios na semana passada na Câmara dos Deputados, forçando os legisladores a votarem e aprovarem a reforma em um ginásio poliesportivo. A suspensão da sessão pelo presidente do Senado, Gerardo Fernández Noroña, veio após os manifestantes ocuparem as tribunas, sendo acusados por ele de uma “operação formiga” para infiltrar a manifestação e promover um “golpe” contra o Legislativo.

Apesar da interrupção, o debate foi retomado horas depois no Antigo Casarão de Xicoténcatl, local que já foi sede do Senado até o ano de 2011. Os manifestantes, ao invadir o Senado, abriram caminho aos empurrões e derrubaram portas, diante de uma presença policial escassa. Fernández Noroña, presidente da casa, afirmou que não reprimiriam o movimento.

A oposição se encontra entrincheirada, enquanto os debates sobre as reformas avançam. O clima no Senado permanece tenso e as manifestações continuam, com a população exigindo seus direitos e se opondo às mudanças propostas.

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