Manifestação marcada para dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo, visa inflar público após declaração polêmica de Luiz Inácio Lula da Silva.

Aliados de Bolsonaro inflamam manifestação após declaração de Lula
Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão usando as declarações do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para inflar a manifestação marcada para o próximo dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo. A ofensiva israelense na Faixa de Gaza foi comparada por Lula ao Holocausto, gerando uma forte reação entre a comunidade judaica brasileira e entidades que trabalham com a memória do Holocausto.

O advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro, sugeriu a participação do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, no ato marcado para o dia 25. Segundo Wajngarten, ele seria “muito bem recebido e acolhido”. A expectativa dos bolsonaristas é que o episódio ajude a atrair um público maior para a manifestação.

Líderes evangélicos, segmento muito identificado com Bolsonaro, também reagiram fortemente à declaração de Lula. A Associação Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, financiaria o evento, mas depois mudou o discurso, afirmando que o ato seria pago com recursos próprios. A decisão ocorre após críticas nas redes sociais sobre o uso de dízimos de fiéis para o ato bolsonarista.

Os filhos do ex-presidente também se manifestaram sobre as declarações de Lula. O deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou a postura de Lula e o senador Flávio Bolsonaro afirmou que a declaração do ex-presidente “é uma fala cretina de quem desconhece a história”. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, antecipou o retorno ao Brasil para participar do ato convocado por Bolsonaro no próximo domingo. Além dele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, confirmaram presença na manifestação.

Malafaia declarou que o ato bolsonarista não terá ataques dirigidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), como já ocorreu em manifestações passadas, e que pretende fazer apenas uma menção ao ministro do STF Alexandre de Moraes, porém sem atacá-lo. Bolsonaro também pediu a seus apoiadores que não levem à manifestação faixas e cartazes “contra quem quer que seja” em um vídeo de convocação para o ato na Avenida Paulista.

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